“Das habilidades que o mundo sabe, essa ainda é a que faz melhor: Dar voltas.
”
José Saramago
Quem trabalha
em "Call Center", e especialmente quem já passou por mais de um,
saberá do que estou falando.
Neste mundo
tão grande e ao mesmo tempo tão pequeno, não é raro encontrarmos pessoas com
quem trabalhamos há alguns anos. Isto porque neste seguimento a rotatividade é
alta, viciante, e naturalmente encontremos com pessoas de várias outras
empresas em que trabalhamos.
Vivo dizendo
que a porta de saída é muito mais importante do que a de entrada; porque entrar
todo mundo entra de um jeito, ou de outro.
Para sair, é
preciso ter conquistado no mínimo respeito. Respeito este que certamente abrirá
outras portas. Acreditem.
O mundo dá
muitas voltas, e ninguém pode garantir que os que estão hoje no topo da
pirâmide, não desçam para a base dela - ou o contrário.
Tratar a
todos com o mesmo respeito e ter o mesmo olhar, não é apenas uma questão de
educação, mas antes, de respeito com o outro e com sua história de vida, seja
pessoal ou profissional.
Já ouviu
dizer que podemos avaliar uma pessoa pela forma como ela trata um garçom, por
exemplo?
Sim, isso é
possível.
Se uma pessoa
não souber respeitar um trabalhador, certamente não saberá respeitar mais
ninguém. Agirá sempre com a intenção de ganhar pontos, de se favorecer; de
levar a melhor.
É impossível
crer que alguém que trata mal uma pessoa de um cargo "inferior",
respeitará seu par, ou seu superior.
Ele de
verdade o "engolirá", para poder se manter na empresa por um tempo
maior.
Ok, eu
entendo as regras de "sobrevivência" e não acredito que sair por ai
dando "socos e pontapés a torto e a direito" trará algum resultado ou
será eficiente.
Entendo
também, que existam sim algumas políticas; porém, elas nunca poderão se
sobrepor ao respeito. Nunca.
E é verdade,
acreditem.
Minhas
primeiras amizades nas empresas em que trabalhei, foram com quem fazia o café
ou limpava o ambiente.
Depois, e só
depois fazia amizade (se fosse possível) com os outros.
Não faço isto
de caso pensado.
Faço porque
sou assim: respeito cada profissional e pessoa que passa por minha vida e minha
trajetória.
Se o mundo dá
voltas?
Sim, dá.
Pode ser que
um dia eu sirva o café, ou varra o chão (o que não é nenhum demérito) e pode
ser que este que hoje serviu o meu café, venha a ser a pessoa para quem irei
servir.
Simples
assim.
Já encontrei
trabalhando em novas empresas, antigos supervisores que hoje desempenham outros
cargos (atendentes, coordenadores, diretores...). Se me indisponho ou crio situações
impeditivas, eu jamais conseguiria entrar em uma nova empresa.
Mas entendam,
não estou falando de "puxar o saco"; estou falando de respeito.
Temer as
voltas do mundo na minha opinião, nada mais é do que entender que não estamos
sós e nem fixados a ponto algum.
Que nossa
posição é cíclica e que pode e deve alterar a qualquer momento; seja para
baixo, para os lados ou para cima.
Respeitar,
além de ser uma virtude de valor inestimável, é uma forma de garantir, sem
"puxa-saquismo", que outras portas se abram para você.
“Por mais voltas que o mundo dê, um dia todos nós iremos nos encontrar
em algum ponto.
Um ponto pacífico, onde estaremos falando a mesma língua, bebendo o mesmo vinho, contando nossas histórias e rindo, um riso leve e sincero.
Assim, estaremos prontos para percorrer juntos este longo caminho; em que simplesmente falamos de nossos dias, vendo o futuro com olhos livres. ”
Um ponto pacífico, onde estaremos falando a mesma língua, bebendo o mesmo vinho, contando nossas histórias e rindo, um riso leve e sincero.
Assim, estaremos prontos para percorrer juntos este longo caminho; em que simplesmente falamos de nossos dias, vendo o futuro com olhos livres. ”
Charles
Chaplin
Pense nisso.
Abraços!
Sandra
Bhering Milate
Revisão de
Texto: Volfrâmio Almeida
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