quinta-feira, 29 de outubro de 2015

TOC - Transtorno obsessivo-compulsivo

O TOC, é um transtorno mental caracterizado pela presença de obsessões, compulsões ou ambas. As obsessões são pensamentos, impulsos ou imagens indesejáveis e involuntários, que invadem a consciência causando acentuada ansiedade ou desconforto e obrigando o indivíduo a executar rituais ou compulsões que são atos físicos ou mentais realizados em resposta às obsessões, com a intenção de afastar ameaças (contaminação, a casa incendiar), prevenir possíveis falhas ou simplesmente aliviar um desconforto físico. No TOC os indivíduos procuram ainda evitar o contado com determinados lugares (por exemplo, banheiros públicos, hospitais, cemitérios), objetos que outras pessoas tocam (dinheiro, telefone público, maçanetas) ou até mesmo pessoas (mendigos, pessoas com algum ferimento) como forma de obter alívio dos seus medos e preocupações. São as evitações.

Fonte de pesquisa http://www.ufrgs.br



O TOC pode ser confundido com manias, e acredito que realmente sejam, entretanto, em um grau avançado.

Mania de verificar a porta duas vezes, verificar se o registro do gás está fechado, se desligou a luz quando saiu de casa, e vários outros exemplos.

Quando esta mania não nos impede de realizar outras atividades, tudo bem. Serão apenas manias e leves preocupações.

Mas quando os mesmos motivos incapacitam o indivíduo de realizar outras atividades, aí estamos falando de Transtorno obsessivo-compulsivo.

Eu tenho vários, como por exemplo: fazer o sinal da cruz ao passar por uma igreja (ida e volta e por três vezes); se uma faca cair no chão eu a cruzo no chão fazendo o sinal da cruz por 3 vezes (para evitar brigas)...

É bem verdade que nunca deixei de fazer para ver se realmente haveria uma briga após a faca cair, mas como ninguém quer brigar, não custa nada fazer. :)

Neste meu caso é TOC, pois me incomodo profundamente com a faca caída no chão e não consigo fazer mais nada até cruzá-la. Se alguém derrubá-la perto de mim eu já peço para a pessoa fazer o mesmo ritual (coisa de louco) - compulsão.

Certa vez em um restaurante, o garçom deixou uma faca cair quando tentou colocá-la no aparador perto da nossa mesa.

Meu filho me olhou e balançou a cabeça de forma negativa (a súplica era: “Mãe não faça isto”), e para meu espanto e quase terror, o garçom pegou a faca e a colocou novamente no aparador.

Não tive dúvidas: peguei a faca, cruzei no chão três vezes, e aí sim, devolvi ao aparador.

O garçom não entendeu nada, o meu filho riu, e eu me senti em paz.


Obsessão (pensamento contínuo) mais a compulsão (ritual, ato de realização; “preciso fazer e pronto”) , resulta-se ao TOC.

E se eu não tivesse feito aquilo?

Aconteceria uma grande briga no restaurante?

Não sei dizer, mas pelo sim e pelo não, melhor cruzar a faca.

No meu caso, é super simples de resolver, mas há casos em que a pessoa precisar refazer o seu caminho por 3 vezes antes de chegar em casa por exemplo, e neste caso, se torna incapacitante o TOC e passível de tratamento.

A obsessão e a compulsão estão claras?

Tenho obsessão por um ato ou pensamento e a compulsão (ritual) para “ aliviá-lo”, mas e a evitação?

Sim, existe a evitação, e o termo está correto apesar de parecer estranho e errado.

É quando o indivíduo evita algumas situações ou lugares por achar que ali se dará mal em algum sentido.

Há quem não entre em hospitais por acreditar que ficará doente com a contaminação do ambiente.

Há quem não entre em cemitérios por achar que morrerá em breve.

Há quem não pegue em maçanetas por achar que será contaminado por alguma bactéria, e por ai vai.

Uma das características intrigantes do TOC, é a diversidade de suas manifestações (medos de contaminação/lavagens, dúvidas/checagens, ordem/simetria, obsessões de conteúdo inaceitável, compulsão por armazenagem ou colecionismo).

 É muito comum que uma pessoa tenha mais de um tipo de TOC, e que ao longo da vida um seja substituído por outro, ou seja; quando se adquire um, deixa de ter um outro.

Lembro que em um treinamento feito para líderes em uma empresa, falávamos sobre TOC e cada um deles contou sobre os seus. Entre eles tinha um líder que disse: “Pronto! Agora terei este TOC também. ”, apenas por ouvir sobre o TOC de uma outra pessoa.

Isto me levou a pensar se é de fato assim; se acabo me “contaminando” com o TOC do outro. 

Fiz algumas pesquisas sobre isto e descobri que sim; acabo trocando um pelo outro, quando passo a ter conhecimento da existência.

Isto quer dizer então que uma pessoa pode deixar de ter ou adquirir TOC´s ao longo da vida.

Existe tratamento para isto, mas que só deve ser levado em conta quando o ato incapacita a vida do indivíduo, pois muitos passaram pela vida sem se darem conta que são portadores do TOC, e suas vidas fluirão sem maiores problemas.

Porém, para outros o auxílio de um profissional de psicologia e alguns remédios irão suavizar e às vezes, até curar estes transtornos.

O mais importante é reconhecer se os temos, e se eles nos incomodam e bloqueiam nossas vidas.

Se não bloqueiam e não incomodam, seja feliz. Verificando a porta mais de uma vez, cruzando a faca no chão por medo de brigas, benzendo-se sempre que passar em frente a uma igreja, lavando as mãos o tempo todo... não importa. Apenas seja feliz.


Ao sinal de qualquer limitação, procure ajuda.


Abraços,

Sandra Bhering Milate
Revisão de texto: Volfrâmio Almeida





sexta-feira, 23 de outubro de 2015

O mal por si se destrói.

Há quem acredite na força do mal, mas será mesmo que ela existe?

Será?

Preciso concordar que algumas coisas de fato são terríveis, e que logo pensamos na maldade da pessoa que a fez. Mas, será que houve o mal, ou a falta de conhecimento do que era certo?

Parece estranho?

Não se pensarmos que toda ação tem uma reação; se o mal é lançado, logo ele voltará para quem o lançou, então, não faria sentido uma pessoa em sã consciência fazer o mal sabendo que o mesmo em breve o visitará, e cobrará as custas do mal causado a outrem.

Isso me leva então a concluir, que o mal so existe por pura falta de conhecimento do que é o bem de verdade, e diga-se de passagem, nenhum de nós aqui no planeta é 100% bom. Longe disso.

Quem aqui nunca desejou que aquela pessoa que falou mal de você ou que te magoou sentisse na pele a mesma dor que te causou?

Quem aqui nunca disse: “Tomara que ‘fulano’ tenha uma dor de barriga arretada.”?

Isto é ser bom ou mau?

Na minha opinião é ser apenas humano, e ser humano é às vezes desejar a dor de barriga, o desconforto ou o mal estar de quem nos faz o mal.

Mas isto não é uma constante.

Ta bom, Sandra. Então os sociopatas e maníacos são bons?
Não, não são. Eles são doentes e precisam de ajuda.

Doentes de várias doenças entre elas, a falta de amor, que os levou a machucar pessoas para aliviar a própria dor e sentir poder.

Ainda assim, com toda a maldade que estas pessoas podem causar e causam, (e não estou defendendo ninguém, ok? Acho que um criminoso deve pagar pelos seus atos), existe uma pessoa que eles amam. Não necessariamente a mãe ou o pai, mas existe uma pessoa que eles se importam e que querem o bem.

Mais uma pergunta: se eles são capazes de amar uma pessoa, eles de fato são 100% maus?
Ou apenas não tiveram acesso ao bem por mais tempo?

O mal que eles causam não se destrói por conta própria?
Sim, eles pagam o preço.

Costumo dizer “fulano” é do bem, mas sei que ninguém é totalmente do bem, ainda assim, prefiro acreditar que seja até que me provem o contrário - e não precisa ser com grandes feitos do mal, mas prefiro acreditar que são bons.

Parece uma defesa (e é mesmo), mas prefiro não ter que desconfiar o tempo todo.

Quer praga maior na vida do que não confiar em ninguém?

Em achar que a qualquer momento poderá tomar um tombo provocado por alguém?

Quer desconforto maior do que desacreditar em todo mundo?

Eu prefiro achar que o mal se desfaz sozinho, basta não darmos força a ele.

Os noticiários falam muito de coisas ruins porque as pessoas precisam ouvir para se sentirem melhor com o que tem, ou com a forma que vivem.

Eu explico.

Há pouco tempo passei por uma triagem para um trabalho pontual. Nesta triagem, tentaram me “vender” que eu deveria me sentir muito feliz por ter duas pernas e poder andar.

Acabaram me questionando sobre os que não tem e gostariam de andar.

Não tive dúvida ao responder que minha felicidade e aceitação da vida e das coisas, não precisa e nem deve ter como base a infelicidade ou limitação do outro.

Não posso me sentir melhor, pelo simples fato de existir gente numa situação pior.

Que espécie de felicidade seria esta?

Preciso dizer que me levantei logo após responder ao Srº que me entrevistava e fui embora?

Não acredito que para ser feliz ou me sentir bem, eu precise enxergar o mal nos outros.

Isto seria no mínimo ridículo.

Então neste caso eu não seria boa e sim má, por andar enquanto o outro não?

Jesus...

Bem, eu definitivamente não acredito no mal puro, apesar dele existir, ser visto e às vezes até sentido.

Tudo isto na minha opinião, é um conjunto de fatores que levam as pessoas a serem assim.

Mesmo assim, me recuso a acreditar que o mal vença ou seja mais forte que o bem, que neste sentido também inexiste, mas enfim, prefiro acreditar na ação e reação.


Faça o que é certo e já comentei em outros momentos que o certo varia de acordo com o que se acredita, mas que é para você naquele momento o mais correto a ser feito.


Bem ou mal?

Certo ou errado?

Preto ou branco?

O que para você faz sentido?

Em que acredita?



Abraços,
Sandra Bhering Milate
Revisão de Texto: Volfrâmio Almeida



quarta-feira, 21 de outubro de 2015


Fé (do latim fide), é a adesão de forma incondicional a uma hipótese que a pessoa passa a considerar como sendo uma verdade, sem qualquer tipo de prova ou critério objetivo de verificação, pela absoluta confiança que se deposita nesta ideia ou fonte de transmissão. Wikipédia.

Quando falamos em fé, invariavelmente esta palavra e todo sentimento que nela está contido e expressado, nos remete a algum tipo de religiosidade, certo?

Mas será que a fé tem este único sentido?

Ou seria o único que conhecemos e entendemos?

Quando falamos de esperança em algo ou alguma coisa não estamos falando também de fé?

Muitas perguntas para uma simples palavra composta de uma única sílaba, mas que contém em si muita força e determinação.

Ter fé em algo ou alguém, é acreditar de qualquer forma ainda que não provada ou passível de provas materiais, que aquilo em questão dará certo.

É crer que é ou será possível qualquer coisa desde que se acredite em sua realização.

Não quero de maneira alguma retirar a conotação religiosa que esta palavra emprega, até porque não é possível viver sem Fé, e este não é o meu foco no momento - deixando claro que sou uma pessoa de muita fé religiosa e de realização.

Quando acreditamos em algo, depositamos a nossa fé na realização de tal coisa ou evento, e junto com este “acreditar”, vem a esperança de que vá acontecer.

Algo em nossos corações “liga” nos dando a certeza de que será possível e está próximo, e não adianta perguntar para a pessoa em questão o “por quê?” dessa certeza.

Ela apenas dirá que sabe que será possível, mas não saberá explicar o “por quê?”.

Porque não tem explicação a fé e a certeza.

Ter fé é acreditar que nada estará contra ao que se deseja, e ainda que exista algo que se oponha, haverá um modo de contorná-lo e seguir adiante.

“Fé na vida, fé no homem e fé no que virá. Nós podemos tudo e podemos mais”.

Todo mundo ou quase todo mundo já ouviu isto um dia em qualquer contexto, e o que isto de fato quer dizer?

Se não acreditarmos na vida e em sua evolução, e se não acreditarmos nas pessoas e em suas participações, não haverá motivos para se viver. Nos tornaremos eremitas ou descrentes de tudo, e aí neste cenário não se tem muito o que fazer, ou pior; não se tem nada a fazer.

Se perdemos a esperança em dias melhores, não há porque continuar.

Se perdemos a esperança nas pessoas, não há porque viver em grupos, famílias...

Não podemos viver sem fé.

Não existe razão para as nossas atividades diárias ou sonhos, se não houver fé.

Deem o nome que acharem melhor, tirem a conotação religiosa que a palavra emprega, mas façam uma avaliação.

É possível alguma coisa nesta vida, se não acreditarmos que é possível?

Se não alimentarmos o sonho da realização?

Se não desejarmos?

É possível superar um problema ou uma decepção, se não houver fé de que aquilo vai passar, e que disto tudo tiraremos ainda uma lição?

Não estou falando da atuação de Deus, por favor.

Ainda que eu saiba que sem Ele fica impossível, estou falando da fé, certeza e esperança que habita em nós; em nossa capacidade, em nossas competências ganhas através da experiência.

Ter fé não é sentar e esperar que o universo faça por você a sua parte.

A comida não irá à sua mesa se não houver trabalho.
A saúde não se manterá se não houver cuidado.
A família e parceiros não se manterão se não houver parceria e interesse.

Uma coisa é acreditar no sucesso daquilo que se deseja, e se mover para isto.

Outra, é entregar tudo nas mãos da vida ou do destino, sem nenhum tipo de esforço ou trabalho.

Quem sempre tem fé não precisa da sorte, pois ela por si só realiza.

Acredite, tenha fé (no que quiser), mantenha a sua esperança e vença, pois pequenas coisas se tornaram grandes.


Abraços,

Sandra Bhering Milate

Porque tudo tem um fim...

“O vento que venta aqui, é o mesmo que venta lá.” Baden Powell / Paulo Cesar Pinheiro   Algum tempo venho pensando em escrever para es...