O termo
"ansiedade" tem várias definições nos dicionários não-técnicos como:
aflição, angústia, perturbação do espírito causada pela incerteza, relação com
qualquer contexto de perigo, falta de controle da situação, entre outros.
Enquanto a
depressão nos prende ao passado, a ansiedade por sua vez nos remete ao futuro.
Enquanto a
depressão causa tristeza, medo, saudades e angústias, a ansiedade nos causa
quase os mesmos sintomas, porém, ligados ao futuro; o que ainda não se viveu e
talvez não se viverá.
Consequentemente,
fica impossível viver o presente em qualquer uma das duas situações.
Devemos
entender a ansiedade como um fenômeno que ora nos beneficia, ora nos prejudicam.
Dependendo
das circunstâncias ou intensidade, pode tornar-se patológico, isto é,
prejudicial ao nosso funcionamento psíquico (mental) e somático (físico).
A ansiedade
pode estimular o indivíduo a entrar em ação, porém em excesso, pois um
indivíduo ansioso faz exatamente o contrário do que deveria fazer, logo,
impedindo reações e se tornando apático e medroso.
Além deste
tipo de ansiedade (que acredito ser conhecida por muitos), temos também a
“ansiedade social”, que por sua vez é pouco conhecida, e consequentemente a
mais negligenciada.
Mas, o que é
a “ansiedade social”?
Tendo na sua
forma mais severa a “fobia social”, é qualquer situação na qual uma pessoa na
presença de outras e que precise interagir com as mesmas, se sinta o foco de
atenção ou que acha que poderá ser reparada por outra.
Para quem sofre
desse tipo de ansiedade, qualquer exposição gera um nervosismo ou desconforto,
habitualmente devido ao medo que a pessoa tem de poder fazer alguma coisa que
possa ser embaraçoso, ridículo, ou que possa causar uma má impressão.
Há até quem
se sinta muito desconfortável em situações pessoais, como um almoço em família
por exemplo.
Em qualquer
um dos casos, ou melhor, em qualquer caso, a pessoa ansiosa deixa de dormir,
comer, e sente suas mãos frias até que o momento passe.
Além ser a mais comum, é também na minha opinião a mais fácil de ser tratada, porque
assim que o evento acontece a ansiedade se vai com ele.
Saudável,
desde que passe.
Porém, a
ansiedade gerada por qualquer situação ou pensamento que leve ao desconforto e
ao medo exagerado, buscando encontrar alivio apenas quando se tem o controle da
situação, é a que pode não acontecer.
Esta forma é
a mais complicada de ser tratada, e para tal, é preciso tratamento à base de
medicamentos ou terapias, e em alguns casos, a associação dos dois podendo
assim levar à dependência.
O correto na
minha opinião, porém não tão simples assim, é o entendimento do que se está
acontecendo.
Ter a
percepção e a certeza de que não podemos controlar nada e nem ninguém, pois
viver buscando sempre estar um passo à frente do que quer que seja, além de
desumano é impossível.
Prever e se
precaver para algumas situações é sábio, mas querer deter o controle de tudo é
insano.
Não
conseguimos dizer o que vamos jantar esta noite, o que dirá o que vai acontecer
amanhã.
Podemos
planejar, sonhar... Isto é saudável e esperado de nós, porém, não podemos
tentar controlar acontecimentos.
Podemos
também (como eu disse em alguns outros textos), tentar até o último momento.
Mas, para entendermos o último momento,
precisamos estar no presente, não no passado ou futuro.
A ânsia em
demasia, se não tratada, pode levar uma pessoa ao isolamento na sua parte mais
negativa, pois impedirá o indivíduo de agir.
Alguns
sintomas mais expressivos da ansiedade são: Tensões ou medos exagerados (a
pessoa não consegue relaxar); sensação contínua de que um desastre ou algo
muito ruim vai acontecer; preocupações exacerbadas com saúde, dinheiro, família
ou trabalho; medo extremo de algum objeto ou situação em particular; medo exagerado
de ser humilhado publicamente; falta de controle sobre pensamentos, imagens ou
atitudes, que se repetem independentemente da vontade; e pavor depois de uma
situação muito difícil.
Tudo isto
pode ser tratado.
O ideal é
descobrir o que se tem, o que ocasionou, e a partir daí mover-se para a cura.
Sou
ansiosa...e não é nada fácil. Mas assim como todo mundo que descobre que é ou
apenas está ansioso, estou também buscando a minha ajuda; na verdade, a minha
cura.
Boa sorte
para todos nós!
Abraços,
Sandra
Bhering Milate
Revisão de
texto: Volfrâmio Almeida
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