Ok, acabou.
E agora?
Sentar e
chorar, ou arregaçar as mangas e seguir em frente?
Ninguém
poderá dizer por você, porém, a vida te obriga a andar; a caminhar e não parar
a não ser para pegar fôlego e continuar a sua caminhada.
Muitas vezes,
não queremos seguir por acreditarmos que o que se perdeu merece o tempo de
maturação.
Entende-se
por maturação, o entendimento e às vezes, o sofrimento necessário do fato para
se seguir adiante.
Perder um
emprego ou deixar de conquistar aquela promoção na empresa, às vezes, é o
bastante para querer deixar tudo para trás e ir morar no Tibet junto com os
monges e viver de nada.
Não fazemos,
apesar da vontade.
Talvez por
isto sejamos os racionais.
Mas não
podemos desmerecer o sentimento que se segue ao se perder alguma coisa, pois
ele precisa ser vivido - o menos possível, mas precisa.
Passado isto,
"bola pra frente".
Só se chega
em algum lugar caminhando.
Quer mudar?
Mude.
Quer algo
diferente para sua vida? Deseje.
Encontrou
dificuldades? Aceite.
Mas não pare
de caminhar.
Seja em sua
vida aquele que decide quando se pode decidir.
Perder tudo é
de fato perder tudo?
Uma perda é
perda ou libertação?
Quando a vida
nos "puxa o tapete", não é para nos ver cair, e sim para ver o nosso equilíbrio;
nossa capacidade de reação, de ação, e o quanto somos resistentes e
persistentes.
Vamos
combinar que uma vida morna não é bom para ninguém, nem para passar café uma
água morna serve, o que dirá para guiar nossas vidas.
Como viver
sem paixão pelo que se faz?
Como acordar
e viver mais um dia, quando na verdade estamos apenas suportando?
Deu errado?
Ok, vamos tentar diferente.
O que não
podemos é nos acostumarmos com o mediano e pior: gostarmos disto.
Nesta zona de
conforto que o ser humano cria por pura falta de coragem para fazer diferente,
é que a vida faz o favor de fazer por ele o que ele não tem coragem: Mudar.
Ele ainda
reclama e se queda por medo do que perdeu sem entender o tamanho do que se vai
ganhar.
E vai, ainda
que seja experiência, ele vai ganhar.
Em um país
medíocre como o nosso que não valoriza a experiência, perder o emprego e fonte
de sustento com uma certa idade é mesmo para deixar louco.
Mas, será
mesmo que se perdeu alguma coisa?
Ou será que
houve um ganho ainda não perceptível e que bastará alguns momentos (talvez
meses) de reflexão para se entender?
Tenho visto
muitas histórias de pessoas que mesmo com a "crise", se superaram,
montaram seu próprio negócio e hoje estão muito felizes e agradecidos pela
"revira volta".
É claro isto
não é regra e nem poderá servir para todos, pois nem todos somos
empreendedores, mas o que quero levantar aqui é o fato de que às vezes
precisamos da "crise" para mudar, seguir e se descobrir.
Meu pai (que
é bombeiro reformado), sempre diz que aprendemos a nadar quando a "água
bate no traseiro"...
Isto é
verdade. Só sabemos da nossa força e capacidade quando somos inseridos em
problemas, e não pressupondo como seria.
Não é fácil
abrir mão das muitas coisas que se perdeu.
É de verdade muito
triste, mas acredite: Se der mais alguns passos, você verá o que acabou de
ganhar.
Bola pra frente...sempre!
Abraços,
Sandra
Bhering Milate
Revisão de
Texto: Volfrâmio Almeida
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