"Nossas dúvidas são traidoras
e nos fazem perder o que com frequência poderíamos ganhar, por simples medo de
arriscar."
William Shakespeare
Que o medo é um fator limitador e
de defesa todos nós sabemos, mas, ele não pode ser paralisador, e deixar de
fazer algo por medo é triste. Não deveria existir.
Porém, isto é uma questão de
educação; a forma como fomos educados.
Quando o perigo está explicito, obviamente
teremos todo o cuidado do mundo para não nos machucarmos, (como cair em um
buraco, se queimar, ou coisa que o valha) e isto gera o medo, mas o “medo de
defesa”.
Mas quando deixamos de fazer
alguma coisa seja ela o que for por um suposto medo, aí precisamos rever nossos
medos e até a forma como enxergamos a vida até este momento.
“Isto não vai dar certo, nem
adianta tentar. ”
“Porque vou iniciar uma faculdade
agora? Não terei tempo de atuar na área e até fazer carreira, já terei me aposentado
em uma outra. ”
“Não posso comprar uma casa… E se
eu ficar desempregado, como vou pagar? ”
Para estes exemplos, o medo é
paralisante.
A pessoa não faz por medo de não
conseguir sequenciar ou finalizar.
Será que o medo é de errar mesmo?
Ou será de acertar?
Algumas pessoas não lidam bem com
o erro; não se permitem errar e por conta disto, acabam se limitando, não se
permitindo a mais nada - por que vamos combinar: não tem como viver sem errar.
Quem consegue ou conseguiu, ensine
aí.
Outras pessoas se limitam por medo
de acertar.
Acreditem, existem pessoas que têm
medo de dar certo.
Seja por conta de um histórico de
erros e falhas, histórias mal sucedidas em suas vidas, ou por conceitos
adquiridos com ao longo do tempo como verdades absolutas.
Porque ouviu por muito tempo que
isto não era para ele, que deveria pensar em coisas possíveis, em ser menos…e
por aí vai.
Não consegue se livrar da imagem e
conceito que fizeram deles próprios a partir de outros.
A imagem de: “Eu não vou conseguir,
e se conseguir será pior...”
Quantos erros cometemos ao educar
nossos filhos?
Erros de limitações, de
imposições, de determinações (nossas, não deles) …?
É claro que por um período da vida
eles devem ser orientados, (na verdade precisarão sempre) e que esta orientação
venha seguida da opinião própria.
E por favor, não levem isto para o
mais simples dos exemplos como dormir ou não na hora certa, comer ou não
espinafre… Isto não define necessariamente o que eles serão.
Falo aqui da liberdade e incentivo
de deixá-los sonhar em ser o que quiserem ser.
Quer ser presidente do Brasil, (eu
não quero) por que não?
Trabalhar na NASA, ser astronauta…por
que não?
Quando ensinamos nossos filhos a
não sonhar e a estar sempre com os pés calçados no chão e presentes, incutimos
o medo e a falta de esperança e crença em suas possibilidades.
Resultado: Um adulto que tem medo
de tentar qualquer coisa fora do que ele já conhece, porque foi ensinado que
ele não conseguiria ir muito além de “dois quarteirões”.
O medo de dar certo, e cair por
terra tudo aquilo que ele acreditou até aquele momento, implica em reaprender a
dar certo e sonhar dali pra frente.
Na verdade, lhe foi imposto e ele
não pôde recusar (ou não soube), e reaprender é muito mais difícil do que
aprender.
Expectativas e medos em alguns
momentos se confundem.
Se permita sonhar, acreditar,
querer e não se paralisar ou quedar por medo de errar ou ainda pior; o de dar
certo.
“E que minhas vontades sejam no
mínimo maiores que meu medo, para que assim eu ouse tentar…para que assim eu
ouse vencer…”
Lili
Abraços,
Sandra Bhering Milate
Revisão de Texto: Volfrâmio Almeida
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