terça-feira, 11 de julho de 2017

Querido Ogro!


As vezes é preciso ir, mesmo quando se quer ficar!

Não me afasto por maldade, faço por incompatibilidade, honestidade ou legítima defesa.

Eu....

Às vezes é preciso ir para poder ficar



Este texto não é meu... publico com créditos porque gostei muito..... Parabéns a autora!

Escrevi um adeus em um papel e o assinei. Não me alonguei como geralmente costumo fazer em sua presença. Preferi ser breve.
Finquei o escrito no portão da sua vida.  Eu sei, não avisei quando cheguei, mas senti uma vontade incontrolável de anunciar que agora me vou.
Vou porque é tempo de ir. É tempo de seguir a minha natureza de partir. De guardar bonito o que vivemos. De guardar as memórias partilhadas, as histórias dedilhadas, os dias que nos acolheram em horas de longas conversas e admiração.
Preciso dizer que finquei o papel de forma displicente, e o fiz para que, com sorte, o vento o leve e o meu adeus fique no silêncio, se valendo apenas da tua percepção em sentir que já não estou mais.
O mundo anda rápido hoje. Pessoas muitas vezes são substituídas como a última coleção outono/inverno abrindo espaço para novos modelos primavera/verão. Pessoas são, comumente, liquidadas, bem baratinho, em algum saldão da vida.
Esse tipo de coisa entristece, esse tipo de comportamento desalinha o ânimo mais exultante. Espero que eu valha pra ti mais que o teu all star velho (e eu sei que você tem um certo apreço por ele).  Espero, lá no fundo, que você reserve um lugar especial para mim em seu coração.
Rezo que em algumas horas, ao passar de táxi em frente a sua casa, quiçá pela última vez, eu não me encontre, em restos, sendo ofertada em uma inesperada venda de garagem.
Os nossos discos, os nossos sonhos, os nossos segredos. Guarde-os carinhoso na estante dos teus mais bonitos sentimentos. Permita que um dia, ao acaso, eu possa lhe assaltar as memórias e voltar serena para junto de você. Permita que um dia eu possa me aninhar em seu corpo e afirmar que é muito bom ir, mas que é ainda melhor poder voltar.
Eu sei, é estranho, contudo às vezes é preciso ir para poder ficar. É preciso ir para, depois de tudo, regressar e quem sabe dividir um maço de cigarro barato, como se o tempo não tivesse passado. É preciso ir para saber aqueles que são de verdade.
Então se nada mudar, depois de um longo tempo de distância, se nada mudar depois que novamente nos tocarmos, eu saberei que sempre morei em você, que teu coração me abrigou carinhoso no tempo em que fiquei fora. Saberei que a gente vai ser pra sempre, mesmo que de vez em quando um dos dois resolva simplesmente ir.
Acompanhe a autora no Facebook pela sua comunidade Vanelli Doratioto – Alcova Moderna.

domingo, 9 de julho de 2017

Muros ou pontes?


Eu acredito que muitas vezes por conta da falta de coragem que temos em encarar algumas coisas, construímos muros porque são definitivos, ao invés de pontes que nos dará trabalho...

Sim, as pontes dão trabalho, há de se entender e aceitar o outro e ainda procurar uma forma de mudar a situação...

Os muros nos limitam e findam qualquer que seja a situação e no geral nos parece ser mais fácil naquele momento.

Estamos tão acostumados a varrer para debaixo do tapete tudo aquilo que nos incomoda e sobre tudo aquilo que não queremos atuar, tomar partido, brigar.

Nestes momentos construir um muro nos parece ser a solução mais fácil e rápida, além de não nos deixar marcas de magoas ou de arrependimentos.

Muito mais fácil naquele momento dizer que não era possível mudar a situação, que não havia um outro jeito, e se conformar alegando ainda que a situação se impôs assim..

E procuramos dormir e viver cercados de vários muros e isolados pela falta de coragem em criar uma pequena ponte entre o que se desenha e o que se deseja.

Reclamamos ao final de não ter sorte na vida, ou no amor, ou em qualquer outro cenário...

De quem será de fato a culpa?
Será que nascemos sem sorte?
Ou não procuramos tê-la?

Somos tão egoístas e fechados em nossos próprios mundos, que nos rodeamos de uma falsa segurança, criamos uma zona de conforto e nos damos por satisfeitos ...

Covardes!?

Dizer não dá trabalho, requer cuidado, atenção, dedicação, estudo e acima de tudo muito amor.

Procurar mudar uma situação, entender o o outro, procurar soluções, requer coragem e desapego ao que se acredita em prol de algo que pode ou não dar certo.

Aprender aceitar o que é novo, buscar por soluções e acertos, dá trabalho... mas é tão compensador.

Tão rico em aprendizado e promove tanta alegria, e se a alegria não chegar terá conseguido no mínimo o aprendizado.

Transformar o confortável em uma zona de risco, o já aprendido por algo a aprender, buscar o outro não importa em que situação... além de desafiador é maravilhoso quando se transforma e se agrega valores e sentimentos.

Pontes nos une, nos aproxima, quebra qualquer padrão já pré-fixado, acaba com a intolerância e o medo do novo.

É na minha opinião uma grande doação de si...

Se dispor a entender e viver sem julgar, sem discriminar, e sempre que possível auxiliar, viver o que para o outro é importante, desprendimento.

Altruísmo!?

Não... experiências

Fazer valer cada minuto que estamos aqui, até porque não sabemos em que momento não estaremos mais.

Derrubem os muros da ignorância do preconceito, da vaidade, do falso pudor e criem pontes para o entendimento, para a aceitação, para a descoberta, para a proximidade.

Se permita conhecer além dos muros que criou, comece por derrubar gradativamente tijolo por tijolo e se permita ver o que está do outro lado, e se precisar atravessar construa uma, duas, mil pontes de for preciso... mas avance, se permita.

Viva! Se permita....e aproveite o que está por vir além do já conhecido.


Este título foi sugerido por uma pessoa para lá de querida, espero que ela tenha gostado e aprovado.

Abraços,

Sandra Milate

Porque tudo tem um fim...

“O vento que venta aqui, é o mesmo que venta lá.” Baden Powell / Paulo Cesar Pinheiro   Algum tempo venho pensando em escrever para es...