quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Limites

“Seja perseverante, mas ao chegar no limite pare de insistir. ”
Stephem Beltrão

Gostaria de começar provocando uma reflexão sobre quais são os seus limites.

Me fiz a mesma pergunta e descobri que não tenho, ou se tenho, não os respeito.

Deixe-me melhorar isto: Respeito os limites de todos em suas convicções, limitações impostas pela forma de ser educado, por região, religião, gosto e qualquer coisa que os valha.

Respeito de verdade. 

Não ultrapasso os limites impostos por estas pessoas em nenhuma situação, a não ser que eu perceba que o limite é antes um pedido de "Me ajude. Ultrapasse e me provoque uma reação qualquer". Porque em alguns casos é esta a solicitação feita nas entre linhas por algumas pessoas, até por nós mesmos se pararmos para pensar em algumas situações não vividas até o fim.

Não ultrapasso o limite de velocidade, por exemplo. Não por medo de ser multada (e haja multa em São Paulo), mas antes, porque há alguma razão para esse limite existir.
Mas quando falo dos meus limites (não os físicos), percebo que não os tenho.

Sempre acho que posso muito mais do que realmente posso.

Meus limites estão ligados diretamente à minha vontade de realização de qualquer coisa.

Ligados ao meu desejo de fazer, ainda que não seja a melhor opção.

Sabe aquele ditado: "Se arrependa por ter feito, mas nunca por deixar de fazer"? 

Pois é... É bem a minha cara.

Mas, não necessariamente seguirei essa linha, principalmente quando se trata de algo que possa colocar a minha vida em risco, apenas para testar os meus limites. Como tirar um "racha" na marginal (o que é crime), por exemplo.

Ter limites é antes, regra de convivência; o meu direito acaba quando começa o seu limite. 

Coisas básicas dentro de uma relação interpessoal; como o mau uso do celular, o som alto, a falta de educação ao se falar, a forma de se vestir e de se portar em vários lugares como se estivesse em casa de pijama e meias...

Tudo isso deve ter limites, caso contrário a convivência seria impossível.

Mas quando a minha liberdade não incomoda ou atrapalha ninguém, devo praticá-la até para provocar em mim a minha linha de limite; o meu "peso" e minha "régua".

E não ter não significa sair por aí fazendo qualquer coisa, ok?

Conheço uma pessoa muito querida, que adora dar "pane" no celular, só para vê-lo ressuscitar. 

Ele diz que a sensação do frio na barriga que sente sem saber se vai dar certo ou não é maravilhosa e melhor ainda quando dá certo. A agonia de não saber até acontecer... 

Limites. 

Saudáveis...provocativos...e que impulsionam.

Até onde podemos chegar?

Ou, até onde queremos chegar?

Limite é escolha e ao escolher se exclui algo. 

"Nossas escolhas e a falta de limites em alguns casos, definiram o nosso 'caráter'."

Não acredito que essa citação seja uma verdade absoluta, mas é como a sociedade a qual vivemos e estamos inseridos, nos enxergará.

Façam suas escolhas, rompam seus limites e assumam o que de bom ou ruim vier.
Na minha modesta opinião, só virão coisas boas. 

Como o aprendizado, por exemplo, e com ele, a satisfação de ter feito e aprendido mesmo que tenha errado.

Abraços,

Sandra Bhering Milate
Revisão de Texto: Volfrâmio Almeida


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