sexta-feira, 23 de outubro de 2015

O mal por si se destrói.

Há quem acredite na força do mal, mas será mesmo que ela existe?

Será?

Preciso concordar que algumas coisas de fato são terríveis, e que logo pensamos na maldade da pessoa que a fez. Mas, será que houve o mal, ou a falta de conhecimento do que era certo?

Parece estranho?

Não se pensarmos que toda ação tem uma reação; se o mal é lançado, logo ele voltará para quem o lançou, então, não faria sentido uma pessoa em sã consciência fazer o mal sabendo que o mesmo em breve o visitará, e cobrará as custas do mal causado a outrem.

Isso me leva então a concluir, que o mal so existe por pura falta de conhecimento do que é o bem de verdade, e diga-se de passagem, nenhum de nós aqui no planeta é 100% bom. Longe disso.

Quem aqui nunca desejou que aquela pessoa que falou mal de você ou que te magoou sentisse na pele a mesma dor que te causou?

Quem aqui nunca disse: “Tomara que ‘fulano’ tenha uma dor de barriga arretada.”?

Isto é ser bom ou mau?

Na minha opinião é ser apenas humano, e ser humano é às vezes desejar a dor de barriga, o desconforto ou o mal estar de quem nos faz o mal.

Mas isto não é uma constante.

Ta bom, Sandra. Então os sociopatas e maníacos são bons?
Não, não são. Eles são doentes e precisam de ajuda.

Doentes de várias doenças entre elas, a falta de amor, que os levou a machucar pessoas para aliviar a própria dor e sentir poder.

Ainda assim, com toda a maldade que estas pessoas podem causar e causam, (e não estou defendendo ninguém, ok? Acho que um criminoso deve pagar pelos seus atos), existe uma pessoa que eles amam. Não necessariamente a mãe ou o pai, mas existe uma pessoa que eles se importam e que querem o bem.

Mais uma pergunta: se eles são capazes de amar uma pessoa, eles de fato são 100% maus?
Ou apenas não tiveram acesso ao bem por mais tempo?

O mal que eles causam não se destrói por conta própria?
Sim, eles pagam o preço.

Costumo dizer “fulano” é do bem, mas sei que ninguém é totalmente do bem, ainda assim, prefiro acreditar que seja até que me provem o contrário - e não precisa ser com grandes feitos do mal, mas prefiro acreditar que são bons.

Parece uma defesa (e é mesmo), mas prefiro não ter que desconfiar o tempo todo.

Quer praga maior na vida do que não confiar em ninguém?

Em achar que a qualquer momento poderá tomar um tombo provocado por alguém?

Quer desconforto maior do que desacreditar em todo mundo?

Eu prefiro achar que o mal se desfaz sozinho, basta não darmos força a ele.

Os noticiários falam muito de coisas ruins porque as pessoas precisam ouvir para se sentirem melhor com o que tem, ou com a forma que vivem.

Eu explico.

Há pouco tempo passei por uma triagem para um trabalho pontual. Nesta triagem, tentaram me “vender” que eu deveria me sentir muito feliz por ter duas pernas e poder andar.

Acabaram me questionando sobre os que não tem e gostariam de andar.

Não tive dúvida ao responder que minha felicidade e aceitação da vida e das coisas, não precisa e nem deve ter como base a infelicidade ou limitação do outro.

Não posso me sentir melhor, pelo simples fato de existir gente numa situação pior.

Que espécie de felicidade seria esta?

Preciso dizer que me levantei logo após responder ao Srº que me entrevistava e fui embora?

Não acredito que para ser feliz ou me sentir bem, eu precise enxergar o mal nos outros.

Isto seria no mínimo ridículo.

Então neste caso eu não seria boa e sim má, por andar enquanto o outro não?

Jesus...

Bem, eu definitivamente não acredito no mal puro, apesar dele existir, ser visto e às vezes até sentido.

Tudo isto na minha opinião, é um conjunto de fatores que levam as pessoas a serem assim.

Mesmo assim, me recuso a acreditar que o mal vença ou seja mais forte que o bem, que neste sentido também inexiste, mas enfim, prefiro acreditar na ação e reação.


Faça o que é certo e já comentei em outros momentos que o certo varia de acordo com o que se acredita, mas que é para você naquele momento o mais correto a ser feito.


Bem ou mal?

Certo ou errado?

Preto ou branco?

O que para você faz sentido?

Em que acredita?



Abraços,
Sandra Bhering Milate
Revisão de Texto: Volfrâmio Almeida



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