Há quem
acredite na força do mal, mas será mesmo que ela existe?
Será?
Preciso
concordar que algumas coisas de fato são terríveis, e que logo pensamos na
maldade da pessoa que a fez. Mas, será que houve o mal, ou a falta de
conhecimento do que era certo?
Parece
estranho?
Não se
pensarmos que toda ação tem uma reação; se o mal é lançado, logo ele voltará
para quem o lançou, então, não faria sentido uma pessoa em sã consciência fazer
o mal sabendo que o mesmo em breve o visitará, e cobrará as custas do mal
causado a outrem.
Isso me leva
então a concluir, que o mal so existe por pura falta de conhecimento do que é o
bem de verdade, e diga-se de passagem, nenhum de nós aqui no planeta é 100%
bom. Longe disso.
Quem aqui
nunca desejou que aquela pessoa que falou mal de você ou que te magoou sentisse
na pele a mesma dor que te causou?
Quem aqui
nunca disse: “Tomara que ‘fulano’ tenha uma dor de barriga arretada.”?
Isto é ser
bom ou mau?
Na minha
opinião é ser apenas humano, e ser humano é às vezes desejar a dor de barriga,
o desconforto ou o mal estar de quem nos faz o mal.
Mas isto não
é uma constante.
Ta bom,
Sandra. Então os sociopatas e maníacos são bons?
Não, não
são. Eles são doentes e precisam de ajuda.
Doentes de
várias doenças entre elas, a falta de amor, que os levou a machucar pessoas
para aliviar a própria dor e sentir poder.
Ainda assim,
com toda a maldade que estas pessoas podem causar e causam, (e não estou
defendendo ninguém, ok? Acho que um criminoso deve pagar pelos seus atos),
existe uma pessoa que eles amam. Não necessariamente a mãe ou o pai, mas existe
uma pessoa que eles se importam e que querem o bem.
Mais uma
pergunta: se eles são capazes de amar uma pessoa, eles de fato são 100% maus?
Ou apenas
não tiveram acesso ao bem por mais tempo?
O mal que
eles causam não se destrói por conta própria?
Sim, eles
pagam o preço.
Costumo
dizer “fulano” é do bem, mas sei que ninguém é totalmente do bem, ainda assim,
prefiro acreditar que seja até que me provem o contrário - e não precisa ser
com grandes feitos do mal, mas prefiro acreditar que são bons.
Parece uma
defesa (e é mesmo), mas prefiro não ter que desconfiar o tempo todo.
Quer praga
maior na vida do que não confiar em ninguém?
Em achar que
a qualquer momento poderá tomar um tombo provocado por alguém?
Quer
desconforto maior do que desacreditar em todo mundo?
Eu prefiro
achar que o mal se desfaz sozinho, basta não darmos força a ele.
Os
noticiários falam muito de coisas ruins porque as pessoas precisam ouvir para
se sentirem melhor com o que tem, ou com a forma que vivem.
Eu explico.
Há pouco
tempo passei por uma triagem para um trabalho pontual. Nesta triagem, tentaram
me “vender” que eu deveria me sentir muito feliz por ter duas pernas e poder
andar.
Acabaram me
questionando sobre os que não tem e gostariam de andar.
Não tive
dúvida ao responder que minha felicidade e aceitação da vida e das coisas, não
precisa e nem deve ter como base a infelicidade ou limitação do outro.
Não posso me
sentir melhor, pelo simples fato de existir gente numa situação pior.
Que espécie
de felicidade seria esta?
Preciso
dizer que me levantei logo após responder ao Srº que me entrevistava e fui embora?
Não acredito
que para ser feliz ou me sentir bem, eu precise enxergar o mal nos outros.
Isto seria
no mínimo ridículo.
Então neste
caso eu não seria boa e sim má, por andar enquanto o outro não?
Jesus...
Bem, eu
definitivamente não acredito no mal puro, apesar dele existir, ser visto e às
vezes até sentido.
Tudo isto na
minha opinião, é um conjunto de fatores que levam as pessoas a serem assim.
Mesmo assim,
me recuso a acreditar que o mal vença ou seja mais forte que o bem, que neste
sentido também inexiste, mas enfim, prefiro acreditar na ação e reação.
Faça o que é
certo e já comentei em outros momentos que o certo varia de acordo com o que se
acredita, mas que é para você naquele momento o mais correto a ser feito.
Bem ou mal?
Certo ou
errado?
Preto ou
branco?
O que para
você faz sentido?
Em que
acredita?
Abraços,
Sandra Bhering Milate
Revisão de Texto: Volfrâmio Almeida
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