Para mudar o
comportamento, se faz necessário mudar o pensamento.
Não acredito
que existam "pragas" maiores para um relacionamento (profissional ou
pessoal), do que estas quatro.
Quem consegue
conviver com alguém, que detém ao menos uma destas "pragas"?
E se tiver
mais de uma?
Pense nas
quatro juntas: Insuportável. Sim, insuportável, mas em alguns casos somos sim,
obrigados a conviver.
Se pensarmos
em todas elas de forma isolada, veremos que uma puxa a outra, e que para todas
elas, a única forma de mudar, é mudando.
Fofoca
Será que a
fofoca é algo genético? Qual será o prazer que uma pessoa encontra em falar mal
de uma outra em detrimento de nada?
Às vezes, a
fofoca acontece apenas pelo prazer de se falar mal. Sem vistas a mais nada, mas
que pode sim levar à grandes consequências (e aí, entrará a desculpa).
Perder o
emprego, romper uma relação de amizade e levar a desconfianças são apenas
alguns dos tantos males causados por esta "praga".
Na minha
opinião, ela só encontra eco porque tem sempre alguém que quer ouvir, para
depois também comentar e dar os créditos a pessoa anterior.
"Rádio
peão". Vocês certamente já ouviram este termo, e sabem bem as
consequências que esta "rádio" traz para o ambiente de trabalho.
Quantas
pessoas se desmotivam porque ouviram falar que agora será "assim ou
assado"?
Quantas
reuniões de alinhamento os supervisores têm que fazer para desfazer os boatos
desta rádio? Às vezes sem resultado duradouro, porque aquele assunto que gerou
a reunião pode ser "solucionado" mas acreditem, em menos de uma
semana haverá um outro.
Mas, como
acabar com isto?
Será que
existe um meio?
Na minha
opinião sim.
Usar de
transparência e manter a "porta sempre aberta" para qualquer tipo de
dúvida ou questionamento sobre os assuntos que digam respeito à equipe ou
grupo, ou às vezes àquela única pessoa.
Usar de
e-mails diários do tipo "Bom dia, equipe!", acompanhado das novidades
(se houver), ou apenas um "Bom dia!" mesmo, com dicas de como ter um
dia melhor, e se for possível, um espaço para interação de todos. Deve
funcionar.
Mau
humor
Na minha
opinião, genética também, mas com suas variáveis.
Eu por
exemplo, acordo todos os dias de mau humor - e não me pergunte por quê.
Meu humor
melhora muito depois da xícara de café com leite - Ah... me torno "outra
pessoa".
Porém, nem
todos são assim.
O mau humor é
constante e parece nunca ter fim, apesar de todas as coisas boas (se é que a
pessoa enxergue) que acontecem.
Em uma
empresa em que trabalhei, ouvi de uma pessoa muito querida, que manter a cara
fechada da mais credibilidade e respeito ao profissional - claro que discordei
e discordo.
Posso fazer
tudo e qualquer coisa muito melhor, e ter resultados melhores, se eu fizer de
bom humor. Não preciso reclamar o tempo todo e praguejar para valorizar o meu
passe - se é que ele de fato será valorizado assim.
O mau humor
contagia assim como o bom humor, e prefiro estar do lado de pessoas felizes do
que de pessoas mau humoradas.
Como resolver
ou contornar isto?
Não sei ao
certo, mas sempre que posso, procuro mudar o foco do outro.
Já aprendi e
aprendemos que quem muda o foco é o próprio alvo e nunca o contrário. Então,
trabalhar ou viver ao lado de uma pessoa mau humorada é de verdade muito
difícil. Possível, mas difícil.
Desculpas
Não gosto
muito disto.
Reconhecer um
erro, pedir desculpas e seguir, é uma coisa e algo muito louvável. Porém,
quando para tudo se tem uma desculpa, aí muda de figura.
"Não fiz
isto porque..."
"Não
pude ir porque..."
"Não
entreguei o relatório porque..."
"Não
bati as metas deste mês porque..."
Porque e
porque...
Sempre uma
desculpa para tudo que não conseguiu fazer, e que diga-se de passagem, foi
acordado anteriormente.
Na minha
modesta percepção, este caso é claro que estamos falando de falta de
comprometimento.
Como apostar
ou acreditar em alguém que para tudo tem uma desculpa, e nunca uma sugestão ou
proposta de melhoria?
"Ok, não
bati as metas porque são inviáveis. Sugiro uma revisão e pensei aqui em uma
estratégia".
Diferente,
não é?
Neste caso é
comprometimento e profissionalismo.
Preguiça
Um dos sete
pecados capitais.
Quando as
pessoas vão entender que trabalhar dignifica a vida?
Quando vão
perceber, que não existe prazer maior do que o de poder trabalhar?
Até que isto
aconteça, (se acontecer) vão sair por ai reclamando de tudo, de todos e com a
preguiça "maior do que elas mesmas".
Preguiça de
fazer e até de pensar, e acreditem: Não tem curso, palestra ou imersão sobre
motivação que possa ajudar uma pessoa, que tem preguiça de viver.
"Vou
deixar para amanhã esta tarefa, porque hoje não quero fazer".
Ok, isso todo
mundo diz, disse ou dirá um dia, mas, deixar a vida para amanhã porque hoje não
tenho disposição para fazer, é muito triste.
Os jovens de
hoje nascem com preguiça, e o mais irônico disto, é que hoje as facilidades são
muito maiores do que no meu tempo, por exemplo.
Pesquisa de
escola eu fazia na biblioteca da escola ou da prefeitura. O trabalho era
escrito em folha de papel almaço com capa e tudo, e me esmerava para tirar uma
boa nota.
Hoje, todo o
trabalho de escola ou faculdade é feito pela internet.
Daqui a algum
tempo (e nem precisaremos ir tão longe), o aluno vai passar apenas o link para
os professores, e estes, vão acabar aceitando por várias razões (assunto que
será tema de um próximo artigo).
Ainda assim,
com toda esta facilidade ou quem sabe até por conta dela, é que encontramos
pessoas morrendo pelo caminho.
Morrendo de
preguiça, de falta de vontade, de falta de coragem...
Para quem tem
preguiça, qualquer atividade dada em uma empresa será um fardo.
Mas para
todas estas pragas mencionadas e interligadas, existe sim, uma formula ou uma
cura: A mudança do pensamento.
A criação e
objetivação de metas, a crença em algo maior - e este maior não precisa ser a
presidência do nosso país, ok?
Basta querer
ter alguma coisa além do que se tem.
Mas, antes
disso tudo, bem antes de se respeitar, é preciso que se tenha em mente o
respeito pelo outro. Respeito por suas convicções e crenças.
Só a partir
disto, desta consciência sobre o outro, é que terei em mim o início da mudança.
Para se mudar
o comportamento, se faz necessário mudar o pensamento.
Boa sorte e paciência
para todos nós.
Abraços,
Sandra
Bhering Milate
Revisão de
Texto: Volfrâmio Almeida
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