terça-feira, 18 de agosto de 2015

Mudar...Quem mexeu no meu queijo?



Mudar...

“Quem mexeu no meu queijo?”


Tenho certeza que muitos dos que vão ler este texto, já leram ou participaram de alguma palestra que abordava essa questão baseada em um livro do Spencer Johnson; simples e muito fácil de ler, mas nem sempre fácil de entender.

"Quem mexeu no meu queijo", fala da dificuldade em aceitar as mudanças e o quão difícil é para algumas pessoas aceitarem o fim de um relacionamento, seja profissional ou pessoal.

No pessoal, as notícias de vários jornais e noticiários publicam diariamente o resultado da não aceitação do fim, que é encarado com fim mesmo.. "The end", para nunca mais...
Fim da vida. Triste fim.

Nos ambientes corporativos às vezes é de verdade o fim, mas nem sempre, pois sempre haverá uma forma de mudar uma situação que até parece ser negativa e sem saída.

Quantos de nós não já ouvimos que em momentos de crises nos tornamos mais eficientes? Isto é, claro se entendermos o "momento"; não de crise e sim de mudança e de novas experiências.

No livro, dois ratos e dois duendes estão passando pela "mesma" situação: a falta de queijo no estoque. Um deles não aceita o fim. Na verdade ele nem acredita - o que dirá aceitar, mas ele acredita e espera que amanhã quando ele acordar o queijo estará lá novamente e que aquilo tudo não passou de um "pesadelo". Um grande e assustador pesadelo. Ele não se move para buscar um "plano B" porque não acredita na necessidade de se ter um "plano B" e não pensa no que pode ser feito para se manter o que tem e conseguir mais. Mas não, ele apenas guarda e aguarda pela reposição do queijo, que por uma força maior ou por algo divino irá acontecer e não será pelo esforço dele.

O outro rato ao contrário, corre todos os dias em busca de uma solução. Ele pensa encontrar em outros lugares um novo estoque de queijo, (apesar de gostar muito do local onde o seu queijo esta ou estava guardado) e ainda assim, todos os dias ele corre e percorre muito lugares à procura do novo queijo, porque ele entende que aquele que está acabando é o velho queijo, e em vão, ele tenta fazer com que o outro rato também participe da busca, mas o velho rato ainda prefere o velho queijo. Ele não entende e não aceita o fim.

Depois de algum tempo o novo queijo é encontrado e para resumir todos viveram felizes para sempre...

Bem, nem sempre assim, ou até que venha uma outra mudança.

O que acontece hoje com uma boa parte das pessoas é aceitação do que não está bom, apenas por ser seguro, e a rejeição do melhor apenas por ser novo. O novo assusta.

Perder o emprego para algumas pessoas é o fim da vida, e dependendo da idade, a pessoa acaba às vezes por entrar em depressão - e olha que esta é uma doença muito difícil de ser curada e é doença SIM, mas enfim...

Algumas pessoas tem verdadeira aversão à mudança, ao novo, daquilo que não se domina... Quantas pessoas se acomodam em suas atividades e mal se reciclam por acreditarem que nunca haverá uma mudança em suas vidas?
A empresa não vai demitir, os negócios iram prosperar mesmo sem inovações, tudo irá caminhar como sempre foi. A tal "síndrome da Gabriela", ("eu nasci assim, eu cresci assim e eu vou ser sempre assim"), e quando estas pessoas se deparam com a mudança, sofrem, entram em desespero, e em alguns casos perdem toda a vontade de continuar, pois já não acreditam em mais nada, a não ser que a vida vai voltar a ser como era antes de tudo aquilo e tudo voltará ao normal. Sofrem, e sofrem muito.

Meus avós não acreditaram no telefone. Tem gente ainda hoje que não acredita que o homem foi à Lua e que existe vida fora deste planeta, mas também não refutam provas de tais fatos. Procuram entender e com isto aceitar que as mudanças acontecem e precisam acontecer, para a nossa evolução, evolução do "Homem".

A pergunta sempre será: "Estou preparado para mudar? eu aceito a mudança em minha vida como algo a contribuir e não retirar? E se ainda houver a retirada de algumas coisas como conceitos , acomodações, que sejam retiradas para melhor, eu aceito?

O queijo velho às vezes já esta mofado e não nos damos conta disto, até que vejamos o novo queijo, e ai nos perguntamos: "Como eu pude viver com isto, (neste caso o queijo velho) por tanto tempo?"

Como eu aceitei isto ou aquilo até este momento?

Mudar é preciso e não estou dizendo que seja algo fácil; apenas que é preciso, e em alguns casos urgente.

Abraços,
Sandra Milate
Revisão do texto: Volfrâmio Almeida


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