quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Não basta falar: é preciso se comunicar.



O que falamos de fato é comunicação?

 Conseguimos com palavras passar a mensagem que realmente gostaríamos? 

Quando falamos com alguém, todo um conjunto de fatores (palavras, voz, tom, expressão facial, gestos...), leva ao resultado e somos responsáveis por nos fazer entender com todo este conjunto de informações. Ainda assim, nem sempre conseguimos obter o melhor resultado. 

Costumo dizer que não é o que falamos que importa e sim a forma com que falamos, o tom dará o resultado final, ou pelo menos "lapidar".

Isto porque cada um de nós, tem suas limitações de entendimento, e nem sempre o que é claro para um será para o outro. 

Em uma comunicação, a responsabilidade de entendimento da mensagem está com quem a transmite, no entender o público para o qual se fala e usar palavras e exemplos que façam sentido àquele público.

Não podemos por exemplo, usar termos técnicos com pessoas que são leigas no assunto, mas podemos e devemos introduzir estes termos para que comecem a fazer sentido nas próximas comunicações.

Precisamos entender o público.

Falhas de comunicação acontecem o tempo todo, porque julgamos que o outro certamente entenderá o que queremos dizer, por ser simples e fácil o conteúdo (para nós, não para eles) e não nos preocupamos em explicar muito ou usar de termos que façam mais sentido do que outros. Acreditamos que o tempo de convivência nos dará o resultado esperado, e pensamos: "Já trabalhamos tanto tempo juntos" ou "Já estamos a tanto tempo juntos, ele vai entender", e mais uma vez, falhamos em nossa comunicação e entendimento. E pior do que errar, é esperar que o outro acerte.

Já ouvimos muito o termo "falar com os olhos", principalmente dos mais velhos, que diziam: "bastava meu pai olhar pra mim, que eu já sabia o que iria acontecer depois que a visita fosse embora". Não era o olhar que transmitia a mensagem, mas a "cara feia" que o pai fazia. É uma forma de comunicação não-verbal que funciona, mas nem todos têm a percepção da mensagem, já que é preciso muita afinidade para se fazer entender apenas com o olhar (e vamos combinar; é melhor falar).

Precisamos ser tolerantes com o outro e reconhecer em nós que nem sempre somos claros e às vezes é preciso mesmo desenhar, não para o outro, mas para nós mesmos.
Se falando, usando todos os recursos dos gestos, tom, palavras e expressões faciais, nem sempre conseguimos o nosso melhor, imagine quando a comunicação é escrita?
Quando precisamos orientar um grupo através de um e-mail, o que foi entendido por um, não necessariamente foi ou será entendido pelo outro. 

Haja visto que no mundo corporativo sempre que um e-mail com orientações ou resoluções é enviado, uma ligação ou uma reunião acontece, ou às vezes o contrário: "conforme foi dito em reunião (ou por telefone), segue o que foi definido", e ainda assim, às vezes não da tão certo.

A escrita não carrega o peso e nem a importância do TOM da voz. Ter cuidado com o que se escreve, e preferir sempre a voz, a reunião, e o telefone. Se isso não for possível, use de forma contida as palavras escritas. Seja muito claro e objetivo, sem perder a cordialidade e sutileza mesmo quando o TOM do contexto for de comando ou o pedido.

Tive uma professora na faculdade que dizia sempre: "não enrole muito para responder a prova. Quanto mais palavras, mais errada vai ficando a resposta. Sejam objetivos: sim ou não, e exemplos, poucos. Um acaba invalidando o outro." 

Nunca me esqueci disto, e lembro sempre que vejo pessoas prolixas, que perdem o objetivo com tantas explicações que não explicam nada, pois o foco se perde em meio à tantas palavras. É uma comunicação que cansa.

Proponho com este texto simples, apenas uma reflexão: Será que estamos de fato nos comunicando? Estamos nos fazendo entender? Será que nossos resultados não estão sendo alcançados por conta da falta de comunicação correta e para o público correto? E eu, será que eu consegui me fazer entender? 

Será?

Abraços,
Sandra Milate
Revisão de Texto: Volfrâmio Almeida

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