quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

Mais Uma Vez...

É claro que o sol vai voltar amanhã, mais uma vez eu sei.... Renato Russo

E quantas mais teremos que passar, até entender e aprender com os erros que cometemos ao longo de nossa caminhada?

Quando deixaremos de acreditar em promessas e pessoas, projetos e negócios?

Tem gente que machuca a gente.... Renato Russo

Quando ouviremos a nossa voz interna avisando que isto ou aquilo vai dar “ merda”, quando?

Acredito eu que nunca...

Isto porque somos otimistas e acreditamos sempre que o próximo caminho, será sim diferente, talvez não seja gratificante, mas será diferente.

Estamos em busca de algo que nos traga prazer, e não da felicidade plena, essa acredito eu, não existe.

Pratico a gratidão, e ainda é apenas um processo, uma palavra que saia da minha boca, e não do fundo do meu coração como deveria ser.

Ok eu entendo...

Para se ser grato é preciso antes entender que nada é perfeito, que precisamos agradecer pelo imperfeito, sem com isto acreditar que se vale mais ou menos.

Prática complicada esta da GRATIDÃO, mas é como beber água, um dia você se dá conta que está tomando mais que dois litros de água por dia, e começou apenas com um copo em um momento de sede.

Hoje você toma água sempre que se levanta para fazer alguma coisa, e nem sempre está com sede.

Com a gratidão acredito que será o mesmo processo, hoje agradeço por tudo, até pelo que não foi tão bom, mesmo sendo meramente da boca para fora.

É que eu ainda não acredito e aceito tudo...

Odeio ingratidão, pessoas que quando precisam de você estão sempre por perto, mas basta não precisar mais, que você passa a ser descartável.

Ou melhor, sempre foi, você é que não percebia, porque acreditava ser “ especial”.

Mais uma vez, vamos nos reinventar, nos remodelar, e fazer o possível para caber no mundo do outro.

Mas isto está certo?

Será sempre assim, não deu certo agora, bora se diminuir ou se apertar mais um pouco para caber em outro espaço?

Nunca poderemos ser nós mesmos, fazer com que sejamos do tamanho suficiente para qualquer espaço que queiramos?

Estou sempre me perguntando porque ainda não perdi a fé nas pessoas, e sempre tenho a mesma resposta.

Acho que porque acredito que um dia, cada um de nós entenderá que não é pisando ou diminuindo alguém, que cresceremos ou seremos alguém.

Ah! Seremos alguém sim, alguém do mal, que vai passar a vida achando que pode tirar vantagens de tudo.

Mas até quando?

Mais uma vez, me pego tentando entender o outro e suas necessidades, o momento e nível de entendimento de cada um.

Não me ressinto por isto, só me desgasto um pouco mais, e fico algumas horas triste buscando um canto escuro para poder me refazer.

Mas, mais uma vez, eu me levanto e entendo que ninguém é obrigado a entender ou aceitar tudo, mas, que nem por isto deveria sair por aí pisando e magoando pessoas.

Magoar aqui, em todos os sentidos da palavra.

Têm horas que não se reconhece mais, pessoas que eram intimas de nós.

  • Mudamos o olhar?
  • Elas mudaram a forma de viver?
  • Nunca á vimos com de fato eram?

Sei lá, alguma coisa aconteceu, e neste sentido o mais acertado é que mudamos o nosso olhar, as pessoas e as cosias sempre foram daquele jeito, e nós idealizamos uma forma diferente.

Idealizamos por ser mais fácil talvez, ou porque estávamos “ apaixonados” porque “ acreditávamos”, enfim, só queríamos de que alguma forma desse certo.

  • Era ou foi ou ainda é, pedir muito?
  • Pedir por sinceridade, honestidade, por verdades?
  • Pedir que mostre seus defeitos, suas imperfeições, nós vamos entender.
  • Só não as esconda, não deixe para mostrá-las apenas no final.

Costumo dizer aos meus filhos, que a porta mais importante pela qual passamos, é a da saída e nunca da entrada.

Isto porque se soubermos sair com dignidade de qualquer lugar ou situação, a porta da frente sempre estará aberta.

Mais uma vez vou em frente, acreditando que um dia a gratidão sairá do meu coração e não apenas da minha boca.

Que sentirei de fato o quão grande e valioso é este nosso mundo, e principalmente as lições pelas quais passamos, no geral aprendemos mais com as ruins.

Então que elas venham, mas que venham sem fazer muita bagunça para que eu, você, nós, não deixemos de acreditar no SER humano e em suas qualidades e defeitos.

Sim defeitos... todos temos Graças a Deus!

Abraços,

Sandra Bhering Milate

 

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